A importância do feedback na Gestão de Recursos Humanos
Anteriormente, falamos do feedback como um dos cinco componentes essenciais da Gestão Estratégica de Recursos Humanos. Neste post você conhecerá os principais pontos que devem ser observados ao dar e receber feedback de sua equipe.
Um provérbio escocês diz: "A maior dádiva de Deus é nos vermos como os outros nos vêem." (tweet essa frase) E um denominador comum entre empreendedores é o desejo de saber como eles estão indo e onde estão.
Pessoas empreendedoras têm uma grande habilidade para fazer as perguntas certas sobre o seu desempenho, na hora certa.
Esta sede de saber é fruto de uma consciência aguda de que tal feedback é vital para melhorar o seu desempenho e suas chances de sucesso.
Geralmente a palavra feedback é revestida de uma aura pouco positiva, considerando-se que, ao falar o que se pensa de uma pessoa, pode-se estar desmitificando essa pessoa, colocando em xeque a sua autoimagem.
Parece também uma maneira de se demonstrar poder: quem dá o feedback é visto como alguém em posição de superioridade, e quem o recebe, por consequência, em posição de submissão.
Não obstante os sentimentos de ansiedade e tensão, revolta, injustiça, e tantos outros, a oportunidade de dar ou receber um feedback é ímpar, porque, através do feedback, tem-se a possibilidade de se exercitar a autoconsciência e de tomar decisões sobre mudanças desejáveis em cada uma das suas formas de conduta, principalmente naquelas a que se referiu o feedback.
Veja abaixo os principais pontos que devem ser observados para se dar feedback, sem que isso se torne uma situação traumática ou crie um clima de pouca receptividade e, em certos casos, até de animosidade.
Ao dar feedback é importante que ele seja:
- Aplicável: A informação deve ser dirigida para o comportamento que o receptor pode modificar. Cite exemplos objetivos, que sempre auxiliam;
- Neutro: A informação deve ser neutra, sem avaliação negativa, reprovação ou censura;
- Específico: O feedback não pode ser generalizado e vago, devendo se restringir a uma dada situação;
- De comunicação direta: O feedback deve ser dado diretamente a quem ele diz respeito. O feedback dado por intermédio de outra pessoa poderá afetar definitivamente um relacionamento;
- Objetivo: O feedback deverá ser bastante claro, baseado em observações, e não em inferências;
- De forma adequada: O conteúdo do feedback poderá estar correto, mas, se for passado de forma inadequada, com tom de voz ríspido, com conotações pejorativas do tipo “... não é possível que você tenha feito isso!” – ou se refletir um desabafo do transmissor, o resultado dificilmente será favorável.
Gestores também devem criar um ambiente propício ao feedback e estar abertos a receber feedback de sua equipe.
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Ao receber feedback, procure ter a seguinte conduta:
- Seja receptivo (a): A postura corporal é importante quando se recebe um feedback! Coloque-se de peito aberto, mesmo sabendo que receber críticas gera sofrimento. O saldo será sempre positivo, ainda que o transmissor não seja exímio comunicador, pois a informação dada servirá como exercício de auto avaliação;
- Demonstre disposição para ouvir: O feedback recebido deverá ser ouvido atentamente, procurando-se entender exatamente o que está sendo falado. Peça exemplos ou fatos, se isso for esclarecedor para a situação;
- Expresse aceitação: Mesmo que não se concorde, a atitude defensiva ou explicativa em nada contribui para melhorar a situação. Limite-se a ouvir! Caso isso se torne muito penoso, respire fundo e procure ter uma postura neutra;
- Revele confiança no transmissor: Ter uma postura positiva, no sentido de acreditar que o transmissor esteja dando um feedback que contribuirá para o seu crescimento pessoal, produzirá uma reação satisfatória, abrindo-lhe possibilidades para um relacionamento mais transparente. Em último caso, a aceitação do feedback é uma atitude de humildade, no sentido em que se demonstra confiança em si mesmo, disposição e prontidão para mudar;
- Analise o transmissor: É necessário confrontar o feedback dado com as reações de outras pessoas, para verificar se é preciso mudar seu comportamento de uma maneira geral, ou somente algumas atitudes em relação ao transmissor.
Trecho extraído do Livro O Segredo de Luisa de Fernando Dolabela – Cultura Editora